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Sobre
Um coração periférico
experimentando as imagens da mente

A obra de Romulo Bandeira é múltipla, sem uma filiação artística que consubstancie a totalidade do seu trabalho. Mesmo assim, diante de qualquer uma de suas séries, apesar das iniciais diferenças, é sempre possível identificar comportamentos estéticos que partilham da mesma intenção. Ao longo dos anos de prática autodidata, o artista que começou nas ruas fez também pinturas, desenhos, gravuras, colagens, ilustrações, instalações e cenários. Ora referindo-se de modo explícito ao ativismo, ora apresentando uma rede de significações mentais distintas, tem como característica uma arte que não é marcada por temas únicos, nem se reduz a determinadas técnicas ou estilos. Na sua prática, usou as plataformas disponíveis para um periférico inicialmente sem muitos recursos para montar um ateliê possível. Atualmente, com a venda de obras e seleção em editais e prêmios culturais, possui uma estrutura que lhe permite ir além. Mesmo assim, escolhe manter-se fiel à ideia de subverter qualquer hierarquia dos recursos que usa. “Sou um coração periférico que experimenta as imagens da mente”, deixando claro que não se reduz a estilos e corridas estéticas. Inquieto, tomou consciência do sentido existencial e curativo na pintura abstrata a partir de 2014, movimento que considera o real início de sua jornada de pesquisa artística, quando passou a exercitar um pensamento pictórico multidisciplinar, desafiando seus paradigmas pessoais sobre os diversos meios de composição e formação da imagem. Subvertendo razões, e consequentemente o medo de explorar diferentes vocabulários através de sua arte, Romulo Bandeira assume a disfunção e potencialidade de suas criações. O resultado é um vasto inventário de imagens de seu arquivo interno, que fazem referência aos lugares que viveu e às histórias e pessoas que conviveu. A maneira com que expressa suas experiências é marcada por um padrão mental diagnosticado na infância; Romulo possui Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade do tipo combinado, característica essa que atribui um sentido incomum à sua obra. É latente sua vontade de trazer à luz do mundo seus sentidos mantidos em sigilo, numa espécie de consagração do mundo exterior e interior, uma capacidade que o faz parecer muitos. O dissenso entre suas séries é consequência de seu modo de fazer e pensar o mundo, em um movimento que frustra as expectativas de quem espera um enaltecimento de seu passado e sua condição de periférico. Ao contrário, por meios diversos o artista apega-se ao tempo presente, aderindo a uma gênica latino-americana contemporânea. Contudo, essa defesa não o impede de ser reconhecido como um homem brasileiro que faz da arte uma plataforma para sua desconstrução dentro do paradigma vigente, no movimento permanente de interferência nas estruturas coloniais introjetadas em sua subjetividade de colonizado. Assim, tanto artista quanto sua obra demarcam seu território de origem, solicitando a imaginação do outro para a impressão de seus significados, alargando, deste modo, sua morada simbólica.

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Bio
Bio

Romulo Bandeira é um artista visual e designer gráfico brasileiro, nascido em 1985, residente no Rio de Janeiro. Teve sua primeira infância na Ilha do Governador e cresceu no subúrbio carioca, entre os bairros de Vicente de Carvalho, Vaz Lobo, Penha e Irajá. Seus primeiros contatos com a arte foram por meio das intervenções urbanas como expressão de liberdade, aos 14 anos, transitando pelas práticas do stencil, colagens, pixações e grafites, especialmente na Zona Norte do Rio, onde se criou. Em 2006, cursou Propaganda e Marketing pela Escola Técnica de Comunicação Adolpho Bloch; em 2009 começou a graduação de Desenho Industrial (UNESA), curso que após dois anos e meio trancou por falta de recursos financeiros. Mesmo assim, ingressou na economia criativa, onde trabalhou por mais de 10 anos em estúdios e grifes de moda, agências de design e projetos diversos do Terceiro Setor, tempo esse em que continuou realizando suas pesquisas nas artes visuais e pôde também concluir a graduação em Design. Considera o ano de 2014 como o marco profissional de sua jornada enquanto artista, quando entendeu a pintura como expressão de seu desejo de ter aquilo que nunca lhe foi permitido ter acesso, adquirindo a compreensão de um certo ideal de sucesso que sempre povoou seu imaginário de periférico. Desde então, divide sua produção em facetas que revelam diferentes engenhos de sua imaginação pictórica.

Exposições

2023 | Dignidade | Exposição coletiva Curadoria de Marcelo Valle e Omarcca - De 16 setembro à 16 março de 2024, Engenho de Dentro, Rio de Janeiro Espaço Travessia - Complexo Nise da Silveira - 23 de junho a 01 de setembro de 2023, Rio de Janeiro Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro - MPRJ 2023 | No Caminho dos Sonhos | Ocupação artística coletiva Curadoria de Marcelo Valle Abril a setembro de 2023, Rio de Janeiro Espaço Travessia - Complexo Nise da Silveira 2023 | Geometrografia - Região Serrana Projeto vencedor do prêmio Retomada Cultural (Lei Aldir Blanc RJ) Curadoria de Marcelo Valle Fevereiro e março de 2023, Rio de Janeiro Espaço Travessia - Complexo Nise da Silveira 2023 | Faces da Margem Projeto vencedor do prêmio Cultura Presente (Lei Aldir Blanc RJ) Curadoria de Marcelo Valle Fevereiro e março de 2023, Rio de Janeiro Espaço Travessia - Complexo Nise da Silveira 2023 | Grids Mentais Curadoria de Marcelo Valle Fevereiro e março de 2023, Rio de Janeiro Espaço Travessia - Complexo Nise da Silveira 2022 | Geometrografia - Região Serrana Projeto vencedor do prêmio Retomada Cultural (Lei Aldir Blanc RJ) Curadoria de Simone Reis Dezembro de 2022, São José do Vale do Rio Preto Centro de Cultura Dr Eugênio Ruótulo Netto 2022 - 2019 | Galeria Exílio Obras selecionadas Curadoria de Ceres Macedo 2019 a 2022, São Paulo 2019 | Salse Day | Coletiva Obras selecionadas Curadoria de Drean Moraes Setembro de 2019, Rio de Janeiro Hotel Marina Park 2019 - 2016 | Galeria Francisco Rezende Obras selecionadas Curadoria de Francisco Rezende 2016 a 2019, Rio de Janeiro, Leblon 2015 | Reflorescência | Coletiva Curadoria de Bernardo Magina Setembro e outubro de 2015, Rio de Janeiro Parque das Ruínas 2015 - 2014 | Desaparecida Instalação cenográfica Direção de Alessandra Vannucci Novembro de 2014 a Fevereiro de 2015, Rio de Janeiro Centro Cultural da Justiça Federal 2015 - 2014 | Grito Série de living painting em conjunto com o artísta visual Nando Pontes sobre 36 m² de tela única Direção de Antônio Guedes Agosto de 2014 a março de 2015, Rio de Janeiro Parque das Ruínas e Teatro Cândido Mendes

Séries
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Geometrografia | 2020 - 2024

Grids Mentais | 2014 - 2023

Faces da Margem | 2016 - 2023

Desaparecida | 2015

Grito | 2014

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